Todos os anos milhões de pessoas viajam à volta do globo em busca de novas experiências, em contacto com culturas diferenciadas e realidades que desconhecem. O apelo do desconhecido, a promessa de belas paisagens e estadias de luxo fazem com que muita da população viajante Ocidental arrisque deslocações para destinos que muitas vezes escondem perigos não imediatamente visíveis, mas que as agências de viagens têm como seguros.
Esta é uma questão política, mas também claro, de interesses corporativos fortíssimos: as grandes cadeias hoteleiras estão muitas vezes também presentes em zonas geográficas de tensão e com isto vêem-se obrigadas a montar fortes dispositivos de segurança num determinado perímetro do seu espaço no sentido de proteger os seus clientes.
O problema é que cada vez mais, infelizmente, esta questão do risco e das ameaças é uma situação global e bem real. Dado esta realidade como especialistas de Intelligence e consultores de Segurança importa frisar que não é mais possível nos dias de hoje ter apenas medidas e planos de segurança locais implementados nas zonas geográficas onde há evidências claras de terrorismo.
O terrorismo global é silencioso: ultrapassa facilmente fronteiras geográficas e barreiras de segurança e de informação mesmo as mais sólidas e estruturadas. A vulnerabilidade dentro de uma unidade hoteleira, ou de um condomínio ultrapassa a vertente securitária mais básica, em que pode muito bem começar numa janela sem fecho ou numa porta mal fechada ou na contratação de um desconhecido que embora tenha apresentado um bom currículo e tenha ultrapassado com sucesso as provas psicotécnicas, é uma ameaça interna à empresa, e no limite à integridade dos promotores do projecto; e estende-se aos planos mais complexos da segurança da zona geográfica em que se encontram situadas as instalações e à prevenção táctica e estratégica necessária de forma a fazer face a ameaças cada vez mais globais.
A IntellCorp tem trabalhado diariamente com empresas que entroncam justamente no que até agora foi descrito; construímos bolhas securitárias, tanto do ponto de vista físico, como do ponto de vista digital, concentrando os nossos esforços na protecção dos nossos clientes – e neste caso, no caso da hotelaria e da gestão de condomínios, nos utilizadores dos espaços dos nossos clientes.
O nosso trabalho é sempre duplo: por um lado blindar o nosso cliente, tanto do ponto de vista pessoal, como do ponto de vista empresarial; levantar informações e reorientar o nosso cliente para a segurança é o primeiro objectivo da IntellCorp; depois, sim, no caso da questão hoteleira, por exemplo, tanto em locais mais remotos ou por outro lado em zonas mais expostas dada a centralidade da sua localização, o que fazemos sempre é pesquisar, analisar, planificar e operacionalizar procedimentos fortes e perímetros de segurança cuja parte visível é na esmagadora maioria das vezes a menor fracção do nosso trabalho.
Esta nova realidade a que não estamos habituados está todos os dias na rua não só de países que à partida consideramos mais críticos; é uma realidade que cresce todos os dias sem que muitas vezes tenhamos dela uma noção clara.
Quando necessário, em caso já crítico, claro, a IntellCorp estrutura e executa planos de extração fortes e eficazes; mas não podemos deixar de sublinhar que o nosso trabalho começa na prevenção e no tratamento adequado das vulnerabilidades tanto de pessoas, como de empresas e espaços.
O mundo é um lugar perigoso e neste sentido a moeda da confiança que funcionava tão bem no tempo das simples aldeias não pode continuar a ser trocada de modo tão gratuito como até agora, muitas vezes, temos feito. A capacidade de saber mais sobre um potencial colaborador, ou simplesmente a capacidade de saber mais acerca da pessoa com quem se almoçou ou a capacidade de introdução a um determinado contacto para um jantar num determinado contexto partidário ou político é sempre um instrumento fortíssimo que faz com que os empresários que colaboram connosco tornem o seu tempo e o seu trabalho mais rentável e por isso, mais forte.
Todos os anos os índices de segurança mundiais saem para o grande público; estes são, claro, evidentemente reflexo da realidade de cada pais e/ou cidade. Sabemos por exemplo que Portugal está numa zona de relativo conforto nesta matéria, mas que ao mesmo tempo todos os dias se registam incidências perfeitamente evitáveis a indivíduos, empresas e unidades hoteleiras.
O problema aqui é que para uma empresa, e especificamente para um grupo hoteleiro, ou para um condomínio basta um incidente para contaminar toda a imagem e a comunicação desse projecto para o exterior.
Para mantermos Portugal e os portugueses seguros, para construirmos uma Lusofonia e um mundo mais seguro é necessário o esforço de todos – e o primeiro, e o mais básico deles todos passa, pois, pelo reconhecimento de que as ameaças e as vulnerabilidades são uma realidade incontornável enquanto houver seres humanos, vontades e liberdades.
Para continuarmos a sonhar com paisagens e quartos de luxo em resorts é necessário em primeiro lugar trabalhar localmente com os principais interessados na promoção de agências de viagens e cadeias hoteleiras, mas também com seguradoras, agências de recrutamento, e, claro está, com os Estados.
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