Foi na década dos anos 80 que o sociólogo Gilles Lipovetsky lançou uma obra que se tornou um best seller, com o título L'Ère du vide : essais sur l'individualisme contemporain. Na senda deste primeiro caminho o trabalho deste intelectual tem trabalhado sempre na descrição da nossa sociedade de hiperconsumo, da desilusão, da estetização da realidade e por fim de uma civilização da ligeireza.
Na actualidade, mais do que nunca, justamente talvez muito a propósito desta leitura da realidade tem-se falado, agora, muito de uma Era da ‘pós-verdade’. A ideia estrutural do tema passa talvez pelos principais vectores já definidos por Lipovetskynuma sociedade hipermoderna como a nossa, mas com o acréscimo intelectual aqui, de reforçar não apenas o carácter leviano da nossa postura global contemporânea, mas também e fundamentalmente, de dar corpo à ideia de que na actualidade a Guerra de Informações é uma realidade. Isto é muito diferente de pensar a verdade, as suas descobertas, o seu tratamento e o trabalho que também pode e deve ser feito à sua volta; pelo contrário, o que se assiste no presente é cada vez mais um trabalho aprofundado dos Estados e das empresas na pesquisa de informações, vulnerabilidades e ameaças para a produção de matéria que influencie positiva ou negativamente o alvo de cada um.
Estados, empresas e indivíduos estão na actualidade comprometidos e articulados de forma muitas vezes sistemática na produção de matérias que orientem a realidade para o caminho que desejam. O objectivo pode passar por influenciar percepções nacionais e internacionais; o ponto de pressão pode ser, por exemplo, agências de rating, ou grandes instituições bancárias, bem como de grandes massas populacionais, juntamente com grandes, médias e pequenas empresas. Estes trabalhos são contratados a empresas especializadas no levantamento e respectivo tratamento de informações um pouco por todo o mundo.
No campo diplomático, por exemplo, as informações que circulam em pequenos e muito restritos circuitos alicerçam o poder de influenciar tudo e todos; este tipo de dispositivo na área das Informações é reflexo da capacidade competitiva dos Estados, que com este trabalho em última análise procuram defender o melhor interesse dos seus países, empresas e cidadãos, o Interesse Nacional.
A Segurança das Informações é aqui, pois, um factor muito relevante – bem como a capacidade de perceber com profundidade os polos de poder menos formais e os fluxos de influência que instituições, empresas e indivíduos exercem, é fundamental para o tratamento e prevenção de ameaças e vulnerabilidades nacionais que podem ser da mais variada ordem e teor. Por outro lado, este tipo de trabalho de Informações para Estados é também uma aposta clara na captação de oportunidades de negócio que de outra forma, muito provavelmente não chegariam ao conhecimento dos agentes políticos. Não se trata aqui de organizar, pois, missões – que têm, com certeza, o seu espaço e a sua razão de ser muito bem precisa; trata-se de oferecer a quem de direito vantagens competitivas no suporte à decisão consciente muitas vezes sobre territórios e/ou realidades que não chegam aos meios.
A realidade contemporânea, Lipovetsky pode muito bem ter acertado, é estilhaçada e ultrarrápida; os agentes políticos e os empresários podem muitas vezes sentir que têm um livre acesso à informação, esquecendo que nem tudo chega certamente aos meios, nem tem os mesmos circuitos, nem se movimenta em esferas de influência lineares.
A IntellCorp tem o prazer de trabalhar no presente activamente para alguns Estados, providenciando Intelligence ao mais alto nível, com profissionais de excelência e que estão genuinamente comprometidos com o mapeamento não apenas de ameaças e vulnerabilidades, mas que estão também articulados na construção de esferas de influência positivas junto de outros polos de poder estrangeiros que são de interesse estratégico para estes Estados.
Os nossos profissionais estão na linha da frente deste trabalho, cada vez mais importante num mundo tendencialmente leviano, como diria Lipovetsky, mas simultânea e paradoxalmente, também cada vez mais ameaçado por ameaças à estabilidade dos Estados, com acções directas e indirectas, na esmagadora maioria das vezes muito bem planeadas, e por isso, típicamente hipersilenciosas.
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